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AULA 1 – TRANSPIRAÇÃO EM PLANTAS

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Introdução

A maior parte da água absorvida pelas raízes das plantas é perdida para a atmosfera, através dos estômatos, na forma de vapor de água; um processo conhecido como transpiração. Esse processo é bastante importante, pois a água, ao passar da fase líquida para a fase gasosa, absorve grandes quantidades de energia, resfriando a superfície foliar, o que é essencial para o perfeito funcionamento do aparato enzimático das plantas. De maneira geral, em ambientes com maior índice de radiação luminosa, a fotossíntese será maior, favorecida por uma maior abertura estomática. No entanto, as taxas de transpiração também serão maiores. A situação oposta ocorrerá em ambientes mais sombreados, com menor fotossíntese e menor transpiração. Desse modo, conhecer a taxa de transpiração da planta em uma determinada situação, é importante para a fisiologia vegetal, pois ajuda a entender o processo fotossintético e as relações hídricas dos vegetas com o ambiente. Assim, essa aula tem por objetivo mostrar um método prático e simples para se calcular a taxa de transpiração das folhas expostas à luz do sol direta e sombreadas.


Objetivos específicos desta prática

Calcular a taxa de transpiração em folhas expostas ao sol e folhas sombreadas;

Demonstrar o efeito da temperatura no controle das taxas de transpiração da planta.


Procedimentos

Identifique pelo menos três sacos transparentes com os nomes dos tratamentos: (i)  plantas de sol e (ii) plantas de sombra, e em seguida pese-os em balança analítica (Figura 1). Anote a massa dos sacos, em gramas.

Figura 1 : Identificação e pesagem dos sacos plásticos


No seu local de trabalho, selecione uma planta que tenha folhas expostas, a pleno sol e folhas sombreadas, como no exemplo da Figura 2. É imprescindível que as duas situações de luminosidade aconteçam na mesma planta. Só assim os resultados das folhas sob sol e sob sombra podem ser comparados.

Figura 2 : Planta com folhas expostas ao sol (mais externas) e folhas sombreadas (mais no interior da planta)


Com o auxílio de um saco plástico, envolva uma folha, amarrando cuidadosamente, mas de maneira firme, a abertura do saco (Figura 3). Esse passo é importante, pois é preciso evitar a entrada de água de fontes externas, como chuva, ou a própria água da atmosfera, principalmente à noite quando a temperatura cai e a umidade do ar aumenta. Deixe as folhas envoltas pelos sacos plásticos por 24 horas.

Figura 3 : Montagem do experimento


Após as 24 horas, você vai perceber gotas de água nas paredes dos sacos (Figura 4). Essa foi a água perdida pela folha através da transpiração. Recolha os sacos e as folhas.

Figura 4 : Comparação do antes (A) e depois da montagem do experimento (B)


Com o auxílio de uma balança analítica, pese novamente a folha e os sacos plásticos e anote a massa (Figura 5). Em seguida, subtraia a massa final do saco da massa inicial. Esse valor é a quantidade de água pela folha no período do experimento. Divida o valor da água perdida pelo tempo (24 horas) e pela massa da folha (g). O resultado final será expresso em g H2O transpirada h-1 g-1 de Matéria Fresca. Compare os resultados das folhas de sol com os das folhas sombreadas.

Figura 5 : Pesagem dos sacos (A) e das folhas (B) de forma individual


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