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AULA 7 – NUTRIÇÃO FOLIAR

 

Introdução

As plantas satisfazem suas necessidades de nutrientes minerais não gasosos por via radicular. No entanto, a maioria dos órgãos vegetativos, incluindo ramos lenhosos podem absorver nutrientes em solução, por via aérea. Atualmente a fertilização foliar tem se tornado uma prática comum entre os produtores agrícolas. Embora as folhas só possam captar quantidades relativamente pequenas de nutrientes, a prática de nutrição foliar é altamente benéfica e reconhecida como importante para o desenvolvimento da agricultura moderna. Não substitui, entretanto, a fertilização tradicional dos cultivos, mas serve de garantia e apoio suplementar aos cultivos. É importante, então, reconhecer de forma direta os efeitos benéficos que pode ter a fertilização foliar sob o crescimento e desenvolvimento vegetal.


Objetivo específico desta prática

Avaliar a eficiência da nutrição foliar em função da idade fisiológica da folha.


Procedimentos

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Figura 1. Preparo dos suportes para o plantio

Encher os copos descartáveis com o material inerte e fazer três ou quatro perfurações no fundo de cada copo para permitir o escoamento da água (Fig. 1)


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Figura 2. Estado de plantas de milho para o início do experimento

Semear e cultivar por cerca de 15 dias as plântulas jovens de milho. Deixar crescer até que seja visível a bainha da folha número +3 e selecionar 72 mudas, as mais uniformes possíveis. Neste momento, as plantas serão separadas em quatro tratamentos: i) fertilização convencional, ii) fertilização foliar, iii) fertilização convencional + foliar e iv) sem fertilização foliar. Cada tratamento constará de 18 plantas.


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Figura 3. Aplicação realizada diretamente nas folhas com o cuidado de que o solo não tenha acesso a solução nutritiva

Preparar 5 L de solução nutritiva, conforme as recomendações do fabricante. Com esta solução, serão feitas aplicações foliares e no solo em intervalos de cinco dias cada. A aplicação foliar é feita diretamente nas folhas sob a forma de pulverização (spray), com o cuidado de que o solo não tenha cesso a solução nutritiva.


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Figura 4. Aplicação da solução diretamente no solo

As aplicações da solução no solo serão feitas diretamente no solo, sem contato com as folhas. Para ambos os casos, deve-se regar a cada três dias, sem que haja, entretanto, alagamento.


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Figura 5. Amostragem de medidas alométricas destrutivas e medição de folhas, caules e raízes

Das 18 plantas iniciais, a cada semana, três plantas serão selecionadas ao acaso e realizadas as medidas alométricas e destrutivas. Deve-se medir em cada uma das plantas: (i) o comprimento máximo da parte aérea e da parte radicular, (ii) a biomassa seca do caule, raiz, folha, bem como a área foliar. A área foliar pode-se medir alometricamente através da fórmula AF = C x L x 0,75; onde C e L representam comprimento e largura, respectivamente (Silva et al., 2002).


Para cada variável, calcular a média e utilizar estes valores como registro inicial para cada tratamento. Como o experimento total tem 18 plantas, o experimento deve durar, então, seis (6) semanas.


Resultados Esperados

Fig_6_pratica7

Figura 6. Medição gráfica da área foliar e de biomassa de órgãos

Além das variáveis métricas, deve-se observar cuidadosamente as folhas e registrar a presença de manchas necróticas ou cloróticas; torções e ondulações no ápice, nas bordas, na base ou na margem; clorose intervenal; necrose apical. O registro fotográfico é bastante útil nesse caso para efeito de comparação semana após semana. Ao final do experimento, recomenda-se construir uma tabela bem como a apresentação de fotos e figuras para auxiliar na discussão dos resultados.


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